Segundo informações do jornal " O Estado de S. Paulo ", o Governo estuda taxar o capital externo.
Com o dólar em queda, o Governo tem um dilema em mãos. De um lado estão os exportadores brasileiros que veem na desvalorização da moeda estadunidense como um problema para sua competividade.
Já do lado contrário, sabemos que a valorização do real permite baratear o investimento ( visto que fica mais barato importar máquinas e tecnologias ), além de auxiliar no crescimento a curto prazo.
Com a nossa economia estabilizada, muitos investidores estrangeiros enxergam um imenso potencial no Brasil. A BM&F Bovespa atingiu um volume de negócios muito grande nessa semana, apresentando valorização das ações de empresas ligadas a construção, petróleo e seus derivados.
Será que a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) como "pedágio" para entrada de capital no país é uma boa idéia?
Intervir no jogo ou deixar que a estimativa de receber até US$ 30 bilhões venha a se concretizar?
Na minha opinião ainda é cedo para o Governo intervir e frear a entrada de capitais no país. É sabido que o Governo não tem poder para a compra de dólares em um volume tão grandioso. Deixe o real valorizar, e tente criar mecanismos para direcionar o investimento estrangeiro. Com dinheiro em caixa, fica mais fácil para as empresas investirem em crescimento.
Que utilizem eventos como a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 para melhorar a infraestrutura, mesmo que essa seja financiada com capital externo. Esse sim seria um legado!
Texto de Carlos Eduardo Mozer França, Consultor de Vendas.
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